Os
fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos (Os fungos saprófagos são
responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a
reciclagem de nutrientes.), quando obtêm seus alimentos decompondo organismos
mortos; como parasitas,
quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais
se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros
organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida,
existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e
deles se alimentam.
Em
todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para
fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio
orgânico no qual eles se instalam, degradando-o às moléculas simples, que são
absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em
organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por
outros organismos. Os
fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada
em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos
econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais,
inclusive no homem.
Econômica
A importância
econômica dos fungos pode ser avaliada tanto pelos benefícios quanto pelos
danos causados. Por exemplo, a mesma levedura que causa a fermentação da cana
para a produção do álcool etílico, pode fermentar o melado, que seria utilizado
como fonte de alimento, tornando-o impróprio para o consumo, além de produzir
gás carbônico, que com o aumento da pressão, acaba danificando o recipiente.
Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas
alguns são anaeróbios e
realizam a fermentação.
Destes
últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de
bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de
preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae,
capaz de transformar o açúcar em álcool etílico e CO2 (fermentação
alcoólica), na ausência de O2. Na presença de O2 realizam
a respiração. Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Na
fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na
fermentação, enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último
caso, o CO2 que vai sendo formado se acumula no interior da massa,
originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais leve.
O
aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de
glúten na farinha de trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com
farinhas pobres em glúten não crescem tanto quanto os feitos com farinha rica
em glúten.
Imediatamente
antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse
álcool evapora, dando ao pão um aroma agradável.
Alguns
fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte,
empregados na fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.
Algumas espécies de fungos
são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o caso da Morchella e da espécie Agaricus brunnescens, o popular
cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.
Alunos: Iria Ferreira e Isabela da
Silva
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